sábado, 20 de fevereiro de 2016

Terminal Central

No entorno, um aglomerado de vendedores disputando espaços e clientes, além de intermitentes e esporádicos ambulantes.
Estou na região do Terminal Central de Campinas, próximo ao Viaduto Cury.
Se não é a parte da cidade que tem o maior fluxo de pessoas, está próxima de ser, disputando, muito provavelmente, com a 13 de maio e a Glicério quem recebe mais gente ao longo do dia.
O expressivo e muitas vezes tumultuado fluxo de pessoas, sobretudo nos horários de pico, deve-se ao terminal de ônibus urbanos, aonde chegam e partem pessoas para os mais distintos e variados destinos na cidade.
Pela manhã, ainda próximo ao raiar do dia, é perceptível a correria de muitos.
Gente que ainda tenha que, porventura, pegar pelo centro outra lotação ou mesmo percorrer uma longa caminhada até o destino final.
É... A vida de usuários do sistema de transportes não é nada fácil. Além das dificuldades diárias do trabalho, os que se utilizam dos veículos coletivos passam por aventuras e peripécias no traslado: atrasos, inseguranças, baixa qualidade do serviço prestado, congestionamento, alto custo dos passes...
Mesmo na pressa matutina, ao passar pelo Terminal, muitos dão uma pequena pausa para tomar café.
Para a maioria, este é o local do primeiro e rápido lanche da manhã.
Nas arredores, muitas bancas servindo pão de queijo aos montes.
O baixo custo, a localização estratégica ao longo do caminho percorrido, bem como o sabor do mesmo( e sempre quentinho), tornam este o alimento mais consumido no centro, sobretudo por estes transeuntes. Fornos para atender esta demanda não param.
Aos que trabalham nesta redondeza, a maioria se conhece, o que é algo até natural. Há um clima de familiaridade entre os mesmos.
Na parte dos ambulantes, há uma gastronomia peculiar nos lanches.
Vendedores simples, com quitutes e guloseimas das mais variadas opções e produzidas em casa, têm na região o seu trabalho alternativo, a sua fonte de renda.
Outro ponto: em relação aos custos com alimentação praticados na região, observa-se que é fácil passar o dia nas redondezas com gastos bem baixos com comida. Se comparados aos preços praticados pelo resto da cidade, lá é bem barato.
A área é, de fato, bem popular.
Muitos reclamam de violência e falam bastante disso.
O que poucos se esquecem de falar é que nestas cercanias há também muita gente trabalhadora, que luta diariamente para manter, de forma honesta, o seu sustento. Verdadeiros heróis anônimos no teatro da vida, que exige, intermitentemente, o improviso, e que nem sempre dá tempo para ensaio.

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