Importante
rua de Campinas, incluída no imenso acervo histórico da cidade.
Já
teve como um dos seus endereços principais a sede do município.
Assume,
ao longo de seus trechos e suas quadras, perfis sociais bastante distintos e
extremos.
Desde
alguns poucos moradores pertencentes às classes mais altas até os mais
desprovidos de praticamente a maior parte dos direitos.
Tudo
isso em seus aproximadamente 14 quarteirões.
É um
bom exemplo de análise dos contrastes sociais e urbanos na cidade.
Morar
nesta rua pode assumir peculiaridades das mais distintas conotações.
Seu
início fica exatamente com a Coronel Quirino, em área nobre do Cambuí,
finalizando-se no início da Andrade Neves com a tradicional Estação
Ferroviária, na velha e mais antiga região central. Nesta região, o entorno é
interligado por ruas decadentes e consideravelmente degradadas, caracterizadas
por uma boemia secular que existe desde os primórdios de formação da cidade.
Analisando-se
de forma geral os principais pontos ao longo desta rua, podem-se mencionar:
-Casa
de Portugal, com seus constantes eventos culturais de caráter lusitano, além de
outros com perfil mais genérico. A comunidade portuguesa campineira tem neste
ponto um excelente local para cultivar e manter suas tradições;
-Mercado
Campineiro: este tem tantas coisas para contar e descrever que merece uma
crônica especial dada a sua importância;
-Poupatempo
e Correios: (com entradas pela Glicério) sempre prestando serviços burocráticos
à população;
-Corpo
de Bombeiros: atendendo emergências e salvando vidas a todo o momento.
-Palácio
dos Azulejos: (entrada oficial atual pela Regente Feijó). Hoje, funciona um
centro cultural administrado pela Secretaria Municipal de Cultura, com enorme
acervo da história da cidade. Merece uma visita com tempo. Foi neste local que
funcionou durante muitos anos a Prefeitura: época dos barões, coronéis e da
aristocracia.
Conversando
com antigos campineiros...
É
inegável que, no passado, ela tivesse um tom mais nobre e influente na cidade
que na atualidade.
Curiosidade:
sobre o cidadão que dá nome a esta rua, há um detalhe que talvez muitos não
saibam. Ele já residiu na mesma, no local que hoje fica o Palácio dos Azulejos,
num tempo bem antes mesmo de ser a sede oficial do prefeito. Dessa forma,
traços arquitetônicos do prédio, que é inclusive tombado pelo patrimônio
cultural, foram mais voltados ao casarão de um aristocrata, do que propriamente
ao espaço público e administrativo.
A
Ferreira Penteado é, pois, uma rua cheia de antíteses, bem como paradoxos.
Inevitável
falar da história de Campinas sem mencioná-la.
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