domingo, 21 de fevereiro de 2016

Bairro Carlos Gomes


Região distante do centro de Campinas, já na divisa com Jaguariúna.
Um dos bairros mais antigos de cidade, formado por um povoado no local, com um pequeno conjunto de casas remanescentes do período de formação da cidade.
Na arquitetura e fachada das mesmas, a tradução de um passado colonial. Uma releitura do tempo.
No presente, a paisagem vai, aos poucos, mudando e a região sendo invadida pela expansionismo imobiliário: condomínios, chácaras, empresas...
O bairro está dentro do circuito turístico da Maria Fumaça, que sai de Anhumas(Campinas) e vai até a estação(histórica e restaurada) de Jaguariúna nos feriados e fins de semana.
Em parte dos trechos que hoje passam locomotivas a vapor, já trafegou, no passado, vagões pertencentes à Mogiana. O que houve, mais recentemente, foram ajustes em bitolas e no percurso para enquadrá-las num trecho de passeios culturais.
Consta que, até uma certa época do passado, o trem somente passava pelo bairro, mas a estação Carlos Gomes(mesmo nome do bairro) foi feita bem depois, com o propósito de facilitar o escoamento de produtos agrícolas.
Praticamente, eram fazendas que haviam na região, e as influências políticas e locais dos aristocratas foram determinantes para a construção desta nova parada. Logo, sua construção foi mais atender aos aristocratas, do que propriamente ao transporte de pessoas. De certa forma, isso faz até sentido, posto que havia poucos moradores nesta região.
Mesmo assim, é perceptível a formação do povoado nos arredores da estação, influenciada pela proximidade com a mesma.
Isso dentro do contexto de políticas urbanas é natural: o nascimento de vilas/povoados nos arredores de algum meio de transporte(no caso, o trem).
Hoje, além dos serviços turístico e histórico, a estação é o principal ponto em que são feitas restaurações/manutenções dos trens e locomotivas antigas.
Vale a pena fazer um passeio de carro por lá, e conhecer um pouco da história ferroviária e surgimento dos primeiros núcleos urbanos.
É um local, aliás, desconhecido por grande parte dos campineiros.

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Terminal Central

No entorno, um aglomerado de vendedores disputando espaços e clientes, além de intermitentes e esporádicos ambulantes.
Estou na região do Terminal Central de Campinas, próximo ao Viaduto Cury.
Se não é a parte da cidade que tem o maior fluxo de pessoas, está próxima de ser, disputando, muito provavelmente, com a 13 de maio e a Glicério quem recebe mais gente ao longo do dia.
O expressivo e muitas vezes tumultuado fluxo de pessoas, sobretudo nos horários de pico, deve-se ao terminal de ônibus urbanos, aonde chegam e partem pessoas para os mais distintos e variados destinos na cidade.
Pela manhã, ainda próximo ao raiar do dia, é perceptível a correria de muitos.
Gente que ainda tenha que, porventura, pegar pelo centro outra lotação ou mesmo percorrer uma longa caminhada até o destino final.
É... A vida de usuários do sistema de transportes não é nada fácil. Além das dificuldades diárias do trabalho, os que se utilizam dos veículos coletivos passam por aventuras e peripécias no traslado: atrasos, inseguranças, baixa qualidade do serviço prestado, congestionamento, alto custo dos passes...
Mesmo na pressa matutina, ao passar pelo Terminal, muitos dão uma pequena pausa para tomar café.
Para a maioria, este é o local do primeiro e rápido lanche da manhã.
Nas arredores, muitas bancas servindo pão de queijo aos montes.
O baixo custo, a localização estratégica ao longo do caminho percorrido, bem como o sabor do mesmo( e sempre quentinho), tornam este o alimento mais consumido no centro, sobretudo por estes transeuntes. Fornos para atender esta demanda não param.
Aos que trabalham nesta redondeza, a maioria se conhece, o que é algo até natural. Há um clima de familiaridade entre os mesmos.
Na parte dos ambulantes, há uma gastronomia peculiar nos lanches.
Vendedores simples, com quitutes e guloseimas das mais variadas opções e produzidas em casa, têm na região o seu trabalho alternativo, a sua fonte de renda.
Outro ponto: em relação aos custos com alimentação praticados na região, observa-se que é fácil passar o dia nas redondezas com gastos bem baixos com comida. Se comparados aos preços praticados pelo resto da cidade, lá é bem barato.
A área é, de fato, bem popular.
Muitos reclamam de violência e falam bastante disso.
O que poucos se esquecem de falar é que nestas cercanias há também muita gente trabalhadora, que luta diariamente para manter, de forma honesta, o seu sustento. Verdadeiros heróis anônimos no teatro da vida, que exige, intermitentemente, o improviso, e que nem sempre dá tempo para ensaio.

Rua Ferreira Penteado

Importante rua de Campinas, incluída no imenso acervo histórico da cidade.
Já teve como um dos seus endereços principais a sede do município.
Assume, ao longo de seus trechos e suas quadras, perfis sociais bastante distintos e extremos.
Desde alguns poucos moradores pertencentes às classes mais altas até os mais desprovidos de praticamente a maior parte dos direitos.
Tudo isso em seus aproximadamente 14 quarteirões.
É um bom exemplo de análise dos contrastes sociais e urbanos na cidade.
Morar nesta rua pode assumir peculiaridades das mais distintas conotações.
Seu início fica exatamente com a Coronel Quirino, em área nobre do Cambuí, finalizando-se no início da Andrade Neves com a tradicional Estação Ferroviária, na velha e mais antiga região central. Nesta região, o entorno é interligado por ruas decadentes e consideravelmente degradadas, caracterizadas por uma boemia secular que existe desde os primórdios de formação da cidade.
Analisando-se de forma geral os principais pontos ao longo desta rua, podem-se mencionar:
-Casa de Portugal, com seus constantes eventos culturais de caráter lusitano, além de outros com perfil mais genérico. A comunidade portuguesa campineira tem neste ponto um excelente local para cultivar e manter suas tradições;
-Mercado Campineiro: este tem tantas coisas para contar e descrever que merece uma crônica especial dada a sua importância;
-Poupatempo e Correios: (com entradas pela Glicério) sempre prestando serviços burocráticos à população;
-Corpo de Bombeiros: atendendo emergências e salvando vidas a todo o momento.
-Palácio dos Azulejos: (entrada oficial atual pela Regente Feijó). Hoje, funciona um centro cultural administrado pela Secretaria Municipal de Cultura, com enorme acervo da história da cidade. Merece uma visita com tempo. Foi neste local que funcionou durante muitos anos a Prefeitura: época dos barões, coronéis e da aristocracia.
Conversando com antigos campineiros...
É inegável que, no passado, ela tivesse um tom mais nobre e influente na cidade que na atualidade.
Curiosidade: sobre o cidadão que dá nome a esta rua, há um detalhe que talvez muitos não saibam. Ele já residiu na mesma, no local que hoje fica o Palácio dos Azulejos, num tempo bem antes mesmo de ser a sede oficial do prefeito. Dessa forma, traços arquitetônicos do prédio, que é inclusive tombado pelo patrimônio cultural, foram mais voltados ao casarão de um aristocrata, do que propriamente ao espaço público e administrativo.
A Ferreira Penteado é, pois, uma rua cheia de antíteses, bem como paradoxos. 
Inevitável falar da história de Campinas sem mencioná-la.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Bondinhos

Traço marcante na história Campinas.
A cidade teve, por um bom e considerável tempo, este como o principal meio de transporte de massa, sobretudo para fazer o deslocamento entre os seus principais bairros.
Suas ramificações permitiam aos moradores irem por vários pontos da cidade.
Em uma de suas linhas (supostamente a mais longa), poderia se ir, por exemplo, até o distante bairro de Joaquim Egídio.
Detalhe: se muitos acham esta região distante, imagine ainda mais há quase meio século, deslocando-se até lá a uma velocidade bem menor.
Neste ponto final, existe hoje um prédio antigo restaurado, levando aos usuários desta linha no passado a um caminho imaginário aos tempos idos de outrora, eivado de lembranças  peculiares e individuais das mais variadas conotações e sentimentos.
Carros nesta época? 
Poucos... Isso era privilégio de famílias mais nobres. Luxo da aristocracia campineira (além de alguns emergentes burgueses).
Trânsito? Não era algo a se preocupar...Enfim, nada que se compare com hoje: congestionamento, caos...
Aos eventuais, alternativos e factíveis concorrentes do sistema de transportes, poderia mencionar as charretes, os cavalos ... Quiçá algumas motos, dependendo da década de observação.
Em 68, os bondinhos encerraram suas operações na cidade. Supostamente, já sendo influenciado pelo advento enorme de caminhões e ônibus que naquele momento já estavam sendo fabricados há quase dez anos, iniciados anteriormente pela era JK.
Extinguir os bondinhos e abrir-se ao novo, dava às cidades um tom de vanguarda.
A cultura pertinente da época era simplesmente abraçar o novo, extinguindo (às vezes até drasticamente em alguns casos) o passado.
A extinção apagou os bondes da visão, mas não da memória.
Aos moradores mais antigos, saudosismo de uns, nostalgia de outros.
Histórias dos antigos não faltam.
Cada um, por suas experiências e fatos vividos tem o que relatar.
Hoje, ainda há um resquício do passado.
No Taquaral, ainda é possível dar voltas neste veículo coletivo das antigas nos fins de semana.
Trata-se de um pequeno trecho turístico que, normalmente, tem longas filas de entusiastas.
Publico interessado? Todas as faixas etárias, desde idosos até pais que querem mostrar a seus filhos o bondinho pela primeira vez.
Pensar num passado, na era dos bondes, com todos os seus moradores vestidos em trajes típicos e condizentes com a época, é imaginar um período supostamente mais tranquilo que hoje.
Acredito que a evasão do tempo e espaço façam as pessoas, normalmente, a pensarem de forma ingênua num período bem melhor que hoje: menos pressa, menos velocidade, mais tempo para conversas...
Uma vida mais feliz e com mais simplicidade...
E depois de uma reflexão ilusória do passado, o inconsciente parece querer acreditar que não se trata somente de uma miragem, que a época não vivida deve sim, ter sido melhor...

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Rua Barão de Jaguara

Falar da Rua Barão de Jaguara é contar a história e essência de Campinas. 
É umas principais e mais antigas ruas da cidade.
Há dois séculos, no período da monarquia, ela já teve outros dois nomes. 
Já se chamou Rua de Cima e também Rua da Direita. 
Já no início da República, exatamente no ano que começou a mesma, ela passou a ser a Rua Barão de Jaguara e se manteve até hoje.
A sua localização no centro da cidade foi algo que a fez estar envolvida com os eventos principais que transcorreram na cidade. 
Em outras palavras, era onde as coisas mais importantes aconteciam passado.
Ela já foi sede da Câmara Municipal, e foi o primeiro endereço campineiro a receber energia elétrica.
Para as pessoas que iam ao centro e chegavam das regiões de Jundiaí, São Paulo, Sorocaba... Passar pela mesma era uma rota natural. 
Sempre muito movimentada, seja por carros de boi, cavalos, simples e/ou suntuosas charretes no período mais antigo; seja por automóveis ao longo da história, desde a era fordista até os dias atuais.
Descendo a rua à partir do seu início, temos a Praça José Rodrigues, onde começa também a Rua Proença, que vai para outro sentido da cidade.
Bem ainda no começo, temos o Colégio Ave Maria, de educação religiosa e católica. Na sua igreja, à parte do colégio, as pessoas podem visualizar uma imagem bem bonita e protetora de Nossa Senhora das Graças, que fica voltada para a rua. Agregado ao colégio há ainda irmãs de caridade vivendo no mesmo local. Elas são responsáveis pelas atividades educacionais, religiosas e sociais.
Um pouco mais adiante, temos a Casa de Santa Ana. Este prédio foi criado pela Igreja na época do Vargas, década de 30, com a ideia de ser um abrigo para meninas carentes. Naquela época, o prédio era conhecido como Associação do Asilo Santa Ana, e ensinava diversos trabalhos domésticos às suas alunas, como culinária, artesanato, corte e costura... Terminados os cursos, havia em encaminhamento destas meninas para trabalharem em casas de família da cidade, escolas, hospitais... Ao longo de sua história, aconteceram algumas mudanças, no qual foi dado ênfase também a outros grupos específicos de pessoas necessitadas e carentes, mas o local sempre manteve sua vocação, focada na caridade, integração social e auxílio aos mais necessitados.
Descendo um pouco mais a rua, chegamos ao primeiro largo a o qual esta rua faz parte: Largo do Pará. Em conversas com as pessoas mais antigas, consta que neste local nascia o Rio Tanquinho, e que até o final da década de 20, o nome desta praça fazia jus ao nome do seu rio. Era o Largo do Tanquinho. Este rio ia descendo nesta rua, passando pela Dr. Quirino (Rua do meio), Luzitana (Rua de Baixo), Avenida Anchieta (...), para depois, muito mais adiante, desaguar no Rio Anhumas. Hoje isso não é percebido pelos moradores, pois ele foi coberto e canalizado em parte do seu curso inicial.
Seguindo a rua após o cruzamento com a Avenida Moraes Sales, há um local muito interessante para se conhecer: Galeria Barão Velha. Neste local, recentemente reformado, podem ser vistos os primeiros conceitos e tendências comerciais de agrupamento de lojas na cidade. Atualmente, numa escala bem maior, conhecemos isso como shopping, mall... Os mais saudosistas, certamente, têm incontáveis histórias a respeito deste local, pois era um ponto de encontro de muita gente. No local, já existiu até um cinema, hoje desativado. Trata-se do Cine Paradiso. Havia também um atrativo a mais neste local, que era a orquestra de moças. As mesmas eram regidas por uma violinista francesa, que segundo consta, era de muito renome e famosa, o que aumentava ainda mais o movimento. Esta admiração por algumas das moças da orquestra já rendeu até casamento. Hoje, este local está em pleno funcionamento, com lojas de vários segmentos.
Na esquina com a Ferreira Penteado, havia a Farmácia Merz, com fundação datada de 1910. Algo interessante na sua fachada é uma serpente, que é o símbolo muito conhecido aos profissionais da área da Saúde. Segundo fontes levantadas, seria um Esculápio, com figuras humanas e leões.
Seguindo a ordem natural de descida da rua, temos o Mercado Campineiro. Este merece uma crônica exclusiva, para que se possa detalhar uma infinidade de comércios interessantes que estão no mesmo. É um excelente local para se frequentar.
Muito próximo ao mercado, temos a Galeria Trabulsi, também ligada com este conceito de agrupamento de lojas diversas. Lembro que o elevador da mesma foi, até muito recentemente, no estilo à moda antiga, no qual a porta ainda era de grades sanfonadas, ao invés da porta automática. Tinha ainda um ascensorista - algo cada vez mais raro - para conduzir as pessoas aos diversos andares deste prédio. Nesta Galeria há uma passagem direta para a rua Dr. Quirino. Esta via tem muita circulação de pessoas na hora do almoço.
Passando a Rua Conceição, havia a Continental. Esta era conhecida também como Caderneta de P oupança. Nesta época, se podia tranquilamente sair deste local com dinheiro no bolso. Neste trecho da rua há hoje algumas livrarias no entorno, que recebem bastantes leitores de livros que queiram comprar, presentear ou simplesmente folhear novos livros para ver as tendências e lançamentos do mercado literário.
Na esquina com a César Bierrembach, temos o primeiro arranha céu da cidade, com sete andares. Hoje funciona no local um Hotel, que foi recentemente reformado e está em plena atividade, bem como um cartório de registro civil.
Chegamos ao Largo do Rosário. É aí que os protestos, passeatas, comícios, apresentações populares e outros foram e são realizados. É simplesmente o coração da cidade.
Nesta região, começa a crescer o reduto da bohemia, que passou por várias modalidades e segmentos at&eacut e; os dias atuais, com uma lista de bares, cafés e restaurantes que existiram e vigoraram durante um bom tempo, e em períodos/décadas bem distintos. Uns já se foram, outros ainda funcionam e novos virão. Aliás, assim como a vida, à noite e a bohemia têm os seus ciclos.
Aos pontos extintos, destaque para o Bar Cristofani. Este, em especial, é muito mencionado nas crônicas de Campinas. Na linha dos extintos, havia também o Taco de Ouro, reduto dos sinuqueiros e jogadores que viravam a noite com suas apostas, seus vícios. Nos casos mais extremos, consta que, mediante as apostas, muitos voltavam ricos para casa, assim como outros perdiam tudo e entregam até a família. Os relatos deste local são mais recentes, à partir do final da década de 50. Ainda extinto e contemporâneo a este, havia o Café do Povo, ponto de muita conversa regada a café, numa época intermediária entre o final da era Vargas e o período do governo Figueiredo.
Para os pontos ainda em pleno funcionamento, destaque nesta região para o Restaurante Éden Bar com o famoso Bife à Parmegiana. Uma boa pedida no almoço. Além disso, temos o famoso Café Regina, que leva este nome devido ao prédio no qual o mesmo está localizado. Este funciona desde 1952, conforme sua própria fachada anuncia.
Ele passou por várias reformas ao longo da história, e se moderniza a cada uma delas. É o mais popular da cidade.
Este ponto do café, juntamente com a Padaria Orly, que fica em frente ao mesmo, já foram decisórios nos rumos políticos da cidade ao longo de várias gerações, uma vez que eram os locais de encontros dos vários políticos influentes da cidade. Regado a uma xícara de café coado na hora, muitas articulações políticas eram feitas e discutidas neste circuito. Além disso, outros grupos, não somente de políticos iam.
Numa época em que não havia internet e celular, esta região era um local em que grupos de áreas profissionais distintas se encontravam para discutir assuntos diversos como cultura, filosofia, história... E hoje, mesmo com tanta tecnologia se mantem este ritual, com algumas particularidades. É o serviço de encontro natural que os cafés proporcionam em qualquer cidade. Porém, devido uma série de outros fatores, dentre eles destaque especial para a concorrência com novos cafés e padarias da cidade, este movimento de pessoas é feito também em outros pontos da cidade. Isso seria uma diferença para os tempos passados, em que as opções da cidade se concentravam quase que especificamente neste meio.
Chegamos ao Largo do Carmo, que leva este nome em função da Igreja de Nossa Senhora do Carmo que fica também no local. É uma praça que já passou por praticamente todos os ciclos importantes da história da cidade. Funciona nela uma feira de artesanatos e variedades durante as quintas e sextas feiras. Nela está também o Jóquei Clube, onde se pode apostar em corridas de cavalos. Ir neste local é voltar no tempo.
Terminando o percurso, chegamos ao final, na esquina com a Barreto Leme.
A rua acaba aqui, mas a história não. Ela é contínua e viva.
Ao longo deste texto, alguns pontos foram citados, outros esquecidos, outros ainda omitidos. Novos pontos surgirão, outros serão fechados, o que é algo natural em qualquer cidade. Mas apesar de todas as mudanças e de muito tempo que já se passou , desde o seu primeiro nome (Rua de Cima) até os dias atuais, acredito que ela ainda represente muito da essência desta cidade. Preservar os pontos que restam desta rua é algo importante. É conservar uma enciclopédia viva de Campinas.