No
entorno, um aglomerado de vendedores disputando espaços e clientes, além de
intermitentes e esporádicos ambulantes.
Estou
na região do Terminal Central de Campinas, próximo ao Viaduto Cury.
Se
não é a parte da cidade que tem o maior fluxo de pessoas, está próxima de ser,
disputando, muito provavelmente, com a 13 de maio e a Glicério quem recebe mais
gente ao longo do dia.
O
expressivo e muitas vezes tumultuado fluxo de pessoas, sobretudo nos horários
de pico, deve-se ao terminal de ônibus urbanos, aonde chegam e partem pessoas
para os mais distintos e variados destinos na cidade.
Pela
manhã, ainda próximo ao raiar do dia, é perceptível a correria de muitos.
Gente
que ainda tenha que, porventura, pegar pelo centro outra lotação ou mesmo
percorrer uma longa caminhada até o destino final.
É...
A vida de usuários do sistema de transportes não é nada fácil. Além das
dificuldades diárias do trabalho, os que se utilizam dos veículos coletivos
passam por aventuras e peripécias no traslado: atrasos, inseguranças, baixa
qualidade do serviço prestado, congestionamento, alto custo dos passes...
Mesmo
na pressa matutina, ao passar pelo Terminal, muitos dão uma pequena pausa para
tomar café.
Para
a maioria, este é o local do primeiro e rápido lanche da manhã.
Nas
arredores, muitas bancas servindo pão de queijo aos montes.
O
baixo custo, a localização estratégica ao longo do caminho percorrido, bem como
o sabor do mesmo( e sempre quentinho), tornam este o alimento mais consumido no
centro, sobretudo por estes transeuntes. Fornos para atender esta demanda não
param.
Aos
que trabalham nesta redondeza, a maioria se conhece, o que é algo até natural.
Há um clima de familiaridade entre os mesmos.
Na
parte dos ambulantes, há uma gastronomia peculiar nos lanches.
Vendedores
simples, com quitutes e guloseimas das mais variadas opções e produzidas em
casa, têm na região o seu trabalho alternativo, a sua fonte de renda.
Outro
ponto: em relação aos custos com alimentação praticados na região, observa-se
que é fácil passar o dia nas redondezas com gastos bem baixos com comida. Se
comparados aos preços praticados pelo resto da cidade, lá é bem barato.
A
área é, de fato, bem popular.
Muitos
reclamam de violência e falam bastante disso.
O
que poucos se esquecem de falar é que nestas cercanias há também muita gente
trabalhadora, que luta diariamente para manter, de forma honesta, o seu
sustento. Verdadeiros heróis anônimos no teatro da vida, que exige,
intermitentemente, o improviso, e que nem sempre dá tempo para ensaio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário