O ano era 1968, a cidade preocupada com revoltas estudantis, regime militar
no país...
O mês era maio, de temperaturas baixas, mas de sangue quente, turbinado
pela revolta e movimentos estudantis. Período tenso.
A cidade, conhecida como a mais próspera do interior paulista buscava a
modernidade, e o sistema de transportes se enquadrava neste contexto.
No centro, bondinhos circulavam por muitas vias da cidade.
Acidentes, falta de segurança...
Na população, em sua maioria, um meio de transporte considerado ultrapassado,
pesado, e que não atendia mais a necessidade de se ir a locais mais distantes.
Consta até que nas últimas tempos de trajetórias, o mesmo já ressoava ares
até de preconceitos sociais, posto que já haviam outras alternativas de
deslocamento que atendiam a pessoas com melhor poder aquisitivo.
E foi desta forma, num contexto em que muitos fatores externos eram mais
importantes que o bondinho, que o último trajeto se efetivou.
Decretou-se, assim então, sua obsolescência. Fadando o mesmo a somente
uma página virada da memória, levando o mesmo ao ostracismo.
Ficou somente residente na memória dos saudosistas e nostálgicos.
Ficou somente residente na memória dos saudosistas e nostálgicos.
E em maio de 1968 realizou-se a última corrida. Corrida esta que, no seu início,
lá pelos primórdios de 1879, puxava passageiros que chegavam na estação
ferroviária, e os levava até a praça da catedral, utilizando-se a Rua Treze de
Maio como trajeto. E quem fazia isso não era a eletricidade, mas as mulas, que
durante o dia puxavam os carris.
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